Economistas do mercado financeiro passam a estimar tombo de 4,11% para o PIB em 2020

As projeções que alertaram para a queda do PIB, fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório “Focus”, que é um boletim que demonstra os números do mercado financeiro, ele foi divulgado na última segunda-feira (11), através do Banco Central. Para a pesquisa foram analisadas mais de 100 instituições financeiras.

Os analistas das instituições financeiras participantes ouvidos pelo Banco Central esperam uma redução do PIB e da inflação durante o ano de 2020. A inflação esperada era de 1,97% e passou para 1,76%, já em relação ao PIB, se esperava que ele atingisse em 2020 uma queda de 3,76% e agora ficará em torno de 4,11%.

Já é 13ª semana em que ocorreram quedas tudo devido ao coronavírus, que tem provocado grandes instabilidades e quedas no mercado financeiro, muitas pessoas estão perdendo os empregos e a fonte de renda e se o cenário não mudar o futuro espera grandes dificuldades.

Um mês de queda e descontrole pode levar anos para se regularizar. O Banco Mundial prevê uma queda de 5%, e o Fundo Monetário Internacional (FMI) espera uma queda de 5,3% se for considerar esses números os números dos analistas ainda estão satisfatórios.

Para quem tem dúvidas o PIB é a junção de todos os bens e serviços produzidos no país, eles são somados em busca de medir a evolução da economia. Devido a pandemia que se instalou a recessão é mundial não só o Brasil vai sofrer. No último ano o crescimento do PIB diminuiu bem em relação aos últimos 3 anos ele foi de 1,1 % em 2019 e para 2020 a estimativa é que o aumento seria de 3,20% com a economia que começava a reagir.

Já o IPCA neste ano pode sofrer oscilação entre 2,5% a 5,5% sem necessariamente que a meta seja descumprida. Uma prática comum e obrigatória quando a meta não é cumprida e a escrita de uma carta que deve ser aberta ao público pelo Banco Central explicando os motivos que levaram ao não cumprimento. A meta central para 2020 é de 4%, mas ela segue bem abaixo disso.

Quem fixa a meta de inflação é o Conselho Monetário Nacional (CMN). O banco Central fica responsável pelas manobras econômicas para garantir esse número como elevar ou diminuir taxa básica de juros dentre outras medidas.

O mercado financeiro prevê uma redução de 3,30% para 3,25% em 2021. No ano que vem a meta de inflação deve oscilar entre 2,25% a 5,25%. É bem provável que a taxa básica de juros da economia brasileira tenha redução no ano de 2020, hoje ela está em torno de 3 % ao ano de taxa Selic. A previsão para a taxa Selic, no fim de 2020, que era de 2,75% agora passou para 2,50%, segundo os analistas.