Minha Casa Minha Vida: relatório visa a participação de novos agentes financeiros na atuação do programa
Na última quinta-feira, 1 de junho, foi aprovado no Congresso Nacional uma medida provisória que tem o objetivo de descentralizar a gestão do programa Minha Casa Minha Vida. O relatório, apresentado pelo deputado federal Fernando Marangoni, busca transferir os recursos do fundo do programa para outros órgãos financeiros.
A problematização é em virtude da gestão exclusiva da Caixa, que deixa a desejar com atrasos no funcionamento do programa. Em tese, a monopolização dessa gestão não é definida pelas diretrizes do programa, mas sim de forma operacional
Com a participação de outros agentes no Minha Casa Minha vida, a agilidade seria bem maior, possibilitando a criação de outros projetos que beneficiam a população. A ideia é aumentar o “cardápio” de potenciais agentes operadores, como:
- Estados
- Municípios
- Instituições financeiras privadas
A MP é embasada no argumento de que, com mais gestores do programa habitacional, haveria uma significativa ampliação das famílias beneficiadas pelo auxílio. Por enquanto, apenas a Caixa pode realizar o ingresso ao Minha Casa Minha Vida.
Foi determinado que as novas instituições financeiras deverão fornecer informações sobre as operações de transferências ao Ministério das Cidades, identificando o destinatário do benefício do programa social.
Construção de imóveis mais sustentáveis
Além da descentralização da gestão do Minha Casa Minha Vida, a MP discute o déficit habitacional no Brasil. Um dos maiores a serem resolvidos no país é a quantidade de obras inacabadas e o comércio imobiliário ilegal. Isso acontece principalmente pela variabilidade da precificação dos materiais de construção ao decorrer do processo, o que inviabiliza a conclusão delas.
O relatório propõe um maior investimento no subsídio do programa. Mesmo que isso seja pior a curto prazo, a justificativa é que será mais barato do que retomar obras paradas.
A ideia é construir moradias mais próximas dos centros urbanos, longe de periferias e regiões com problemas de assentamento que obriguem a população a se desabrigar. Dessa maneira, o programa consegue ter um maior apelo de sustentabilidade ambiental, além de reduzir as contas dos beneficiados.
Incentivo ao empreendimento nas fachadas dos imóveis
Outra questão discutida pelo congresso é a autorização da existência de comércios nas fachadas dos imóveis.
A proposta é incentivar condôminos a oferecerem parte do seu terreno para essas atividades, o que geraria renda para a redução do valor do aluguel, além de mais empregos para a população.
Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida e prioridade a mulheres vítimas de violência doméstica
Além da contemplação de um maior benefício para integrantes da Faixa 1 do programa, já previstas nas mudanças do relançamento do Minha Casa Minha Vida, a MP também aprovou a concessão prioritária às mulheres vítimas de violência doméstica na obtenção de novos contratos do programa.