Se você abrir os noticiários todos os dias, você certamente vai ouvir falar o que é inflação. Ela ocupa diversas matérias e afeta diretamente a vida de todas as pessoas. Mas você sabe realmente o que significa inflação e como ela afeta você?

Todos somos impactados pela inflação, que impacta os serviços, produtos e até os investimentos. E os efeitos são claros cada dia mais na economia. 

Por isso, separamos tudo que você precisa saber sobre inflação e trazemos para você o que ela traz de impacto para nossas vidas.

Confira em nossa matéria tudo que você precisa saber sobre a inflação.

O que é inflação?
Inflação

Inflação, de modo geral, é um termo que representa os aumentos de custo de serviços e produtos, o que impacta diretamente no custo de vida de todas as pessoas. Ou seja, a inflação é a taxa que mede o quanto fica mais caro se viver e continuar a consumindo os produtos e serviços essenciais para o dia a dia. Esse índice também mostra como o dinheiro perde o seu poder de compra. 

De modo geral, quando você chega ao mercado e vê os preços que são praticados, eles estão bem mais altos que há um tempo. O que gerou esse aumento, impacta diretamente na inflação, já que você tem que gastar mais para ter o mesmo produto, fazendo com que seu salário seja impactado.

O mesmo acontece com serviços no dia a dia, que passaram a custar mais caro por conta de tudo que aumentou em torno deles. Ou seja, com o aumento dos valores, a taxa da inflação aumenta e impacta a vida de todos os brasileiros.

O que gera a inflação?

A inflação é gerada por vários motivos. Todos eles envolvem a economia e o dia a dia dos brasileiros. Confira as principais causas do aumento da inflação no país:

Demanda

A famosa “lei da oferta e procura” é uma das principais causas da inflação. Isso quer dizer que quando você tem mais produtos no mercado, o custo dele é menor. Mas, quando este produto tem uma certa escassez, você tem um custo bem mais alto nele. 

Assim, quando um produto tem uma demanda menor e uma procura maior, você tem um aumento do custo deste produto, o que gera um impacto direto na inflação. 

Aumento no custo de produção

Existe um tipo de custo chamado de “inflação de oferta” ou “inflação de custo”, que é quando os valores dos produtos aumentam por conta de diversos fatores em torno dele que fazem com que se gaste mais para produzir. 

Um exemplo é com a conta de luz. Quando essa aumenta, o custo da produção aumenta e o valor é repassado para o produto final, impactando diretamente o consumidor e fazendo com que a inflação aumente. 

Outra forma de ter de custos é quando o combustível aumenta, já que dependemos de entrega dos produtos e os responsáveis precisam pagar mais para que ele chegue até nossa mesa. 

Se tiver também um aumento nos impostos, taxas, tarifas, ou elevação do dólar, também sofremos com a inflação de custo, gerando preços mais altos e diminuindo o poder de compra de nossa moeda. 

E isso gera um grave problema, já que, com o aumento de todas essas questões, é possível ter uma diminuição na demanda, gerando também uma inflação por demanda e, por fim, a taxa se elevar de maneira assustadora.

Inércia inflacionária e expectativa de inflação

Este tipo de inflação acontece quando, ao analisar como será o processo futuro, se tenha uma previsão de que haverá um custo alto de inflação. Ou seja, como a inflação passada vai gerar impacto na inflação futura. 

Para diversas taxas, se usa a inércia inflacionária, como aluguéis e outros. Mas, com a expectativa de inflação e com a forma como se pode perder dinheiro com isso, acaba se gerando um custo ainda mais alto, retroalimentando a inflação e gerando custos muito elevados, o que diminui o poder da moeda e gera custo de vida mais alto. 

Da mesma forma, se há uma expectativa de inflação, o custo dos produtos pode aumentar, já que, até que se receba o valor possa ter uma perda no poder de compra, e, assim, gerar problemas que se acumulam, como inflação por demanda. 

Ou seja, a expectativa de uma desvalorização da moeda acaba gerando uma taxa ainda mais alta e que vai trazer um custo elevado para todos.

Aumento na produção da moeda

Uma outra forma que gera inflação é por conta do governo. De maneira bem simples, o dinheiro emitido pelo Banco Central precisa circular. Ou seja, aquele valor que foi impresso tem que ir passando de lugar em lugar e circular na população.

Quando há uma demanda alta, fazendo com que se tenha um aumento da relação de compra e venda, gerando uma necessidade de se ter mais dinheiro impresso, há um aumento da inflação, já que a geração desse dinheiro não rende riquezas para o país. 

Isso faz com que o custo do dinheiro saia mais alto e, por fim, impacte diretamente a inflação.

Como se mede a inflação no Brasil?

Por ser uma taxa que impacta diretamente todos os setores da economia do Brasil, desde alimentação, até aluguéis, serviços e outros, são vários os índices que são usados para medir a taxa que geram a inflação. 

Um dos índices mais usados é o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Calculado mensalmente pelo IBGE, o IPCA analisa a inflação de produtos e serviços de famílias que recebem de 1 a 40 salários vigentes ao mês e como são impactadas pelos serviços básicos de consumo.

Este item mede a inflação considerando as seguintes questões:

  • habitação,
  • vestuário,
  • despesas pessoais,
  • transporte,
  • comunicação,
  • alimentação,
  • saúde,
  • educação.

Ao fazer o cálculo do custo para todos eles, se tem um valor do aumento dos preços, ou seja, como naquele mês as famílias foram impactadas e como o poder de compra diminuiu de acordo com o salário recebido. 

Assim, se tem a medição aumento dos preços pelo IPCA e se tem o impacto direto dos valores na vida da população. 

Mas, além do IPCA, outros índices podem ser usados para fazer o cálculo da inflação e ver como que a mudança de preços impacta diretamente no bolso dos brasileiros. 

Assim, é possível fazer todo um cálculo e ter uma relação sobre como somos impactados por esta taxa.

Quais os índices que medem a inflação?

Como falamos, são vários os índices usados no Brasil para trazer à tona a inflação. Cada um deles trabalha de uma forma, para que, no final, se tenha a taxa mais perto possível do real e que possamos ver exatamente como nosso poder de compra é afetado pela inflação. 

Confira os principais índices para essa medição:

IPCA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo é uma taxa medida mensalmente pelo IBGE. Com ela, você tem o valor no final do mês, vendo como as famílias foram impactadas pela inflação. 

E você tem uma prévia, sempre no meio do mês, o chamado IPCA – 15, que serve para fazer uma previsão de como vai ficar a inflação naquele mês. 

INPC

O Índice Nacional de Preço ao Consumidor mede a inflação através do impacto de preços em famílias com até 5 salários mínimos. Com isso, você tem um índice que mostra o impacto em famílias com rendas mais baixas, principalmente em itens básicos, como alimentação. 

Por ser focado neste público, o INPC serve também como termômetro para o ajuste do salário, de forma a tentar trazer um equilíbrio em relação à inflação.

IGP

O Índice Geral de Preços é medido pela Fundação Getúlio Vargas. Esse índice tem como questão principal analisar todo o custo, desde a matéria-prima, até o produto final chegar ao consumidor, e registrar as altas que acontecem em todas as etapas da produção. 

Assim, em comparação com outras taxas, é possível fazer uma medição de quanto a aumento dos preços está trazendo consequências para o consumidor final e impactando na economia do país.

O que a inflação gera no país?

Uma das principais consequências da inflação no país é a perda do poder de compra e a desvalorização da moeda. 

No caso da perda de poder de compra, o consumidor precisa pagar mais para consumir menos e, com isso, parte do seu salário é comprometido com itens básicos, fazendo com que não tenha dinheiro para outras questões. No final, isso vai impactar diversos setores da economia, que perdem o dinheiro que seria investido neles.

Além disso, com o dinheiro desvalorizado, é difícil conseguir preços melhores, fazendo com que a desvalorização impacte no modo de vida de cada pessoa. 

Além disso, atrapalha na hora de fazer os cálculos de rendimento de investimentos. Isso porque se, por exemplo, um investimento tiver um rendimento de 10% e sofrer com uma inflação de 3%, o rendimento real daquele investimento foi de 7%. Ou seja, ainda que haja um ganho, se perde dinheiro diretamente com a inflação. 

Outro impacto é que, com a valorização da moeda alta, vários setores deixam de investir no país. E, assim, a geração de renda e de empregos é menor, atingindo ainda mais as classes mais baixas e fazendo com que as pessoas tenham um impacto enorme nas suas vidas. 

Por fim, com inflação alta, é difícil saber quais os rumos que o país vai ter e gerar insegurança em todos os setores.

Deflação: outro vilão

Da mesma forma que aumento dos preços, a deflação gera grandes problemas para a economia do país. De forma simples, a deflação é quando existe uma queda brusca nos preços de produtos, muitas vezes gerado por aumento de oferta acima do esperado. 

Para que se tenha uma boa economia, é necessário estabilidade no preço. E, assim como na inflação, a deflação gera diversos efeitos na economia, como diminuição de rendimento para o produtor, que vai precisar demitir funcionários. 

Por isso, assim como o aumento, a queda não é um bom índice para o país.

Como se proteger da inflação?

Para que você não sinta tanto os impactos da aumento dos preços em seu bolso, é necessário pensar em bons investimentos que possam trazer reais lucros e fazer com que você tenha um dinheiro extra na hora de um aperto.

Veja algumas formas de ter um dinheiro a mais no momento do aumento dos preços:

  • Títulos públicos, como o Tesouro IPCA +, que paga uma taxa fixa mais a variação do IPCA.
  • Crédito privado, de empresas que tenham também em suas cotas atreladas as variações de taxas do IPCA.
  • Fundos de investimentos, que aplicam dinheiro em fundos para proteger da inflação.
  • Rendas variáveis, onde você consegue atrelar os fundos à taxa não perder dinheiro com a desvalorização da moeda.

Com tudo isso, a desvalorização da moeda impacta nosso bolso, mas ainda podemos nos organizar para conseguir vencer este vilão, por isso, recomendamos uma organização pessoal financeira para se ter um dinheiro extra na hora das compras.

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