Em meio à pandemia, país tem deflação de 0,31% abril, menor índice em 22 anos

Assim como existe a inflação que é o aumento nos preços, existe em contrapartida a deflação que é a queda nos preços, diminuição no consumo.

Geralmente esse fenômeno se dá em crises, onde as pessoas passam a consumir menos por medo do futuro ou por falta de recursos, essa diminuição do consumo leva aos produtores e indústrias a vender com preço menor.

Com a pandemia do coronavirus o mundo em si está sofrendo graves consequências na economia, bolsas desvalorizaram , moedas entraram em colapso, o mercado é incerto e o futuro também, por ser um doença nova o seu fim ainda pode demorar o que preocupa.

De acordo com IBGE o IPCA caiu 0,31% em abril, em março ele já havia registrado queda de 0,07%, esse é o principal índice do país e ele que determina a inflação ou deflação isso se dá pela queda nos preços de combustível e as incertezas e quedas constantes na economia, quem ainda tem um dinheiro prefere poupar por não ter segurança do futuro.

Os números não eram tão baixos desde agosto de 1998, quando atingiram uma queda de 0,51%. O País não apresentava deflação desde setembro de 2019, onde atingiu -0,04%. No ano de 2020 o IPCA acumulou uma alta de 0,22% e, nos últimos doze meses, de 2,40%.

Esse ano é esperado uma inflação de 4% podendo chegar até 5, 5% . Devido ao coronavírus os dados foram coletados a distância para fazer o estudo. Das 16 áreas pesquisadas 14 tiveram deflação em abril. O menor índice foi o da região metropolitana de Curitiba (-1,16%) e o maior no Rio de Janeiro (0,18) isso devido à alta nos preços das passagens aéreas (15,83%) e energia elétrica (1,33%).

De acordo com o gerente de pesquisa Pedro Kislanov “O resultado de abril foi muito influenciado pela série de reduções nos preços dos combustíveis, principalmente da gasolina, que caiu bastante e puxou o índice para baixo” ele explica também o aumento nos itens de alimentação e de bebida que foi de 1,79%, mesmo com a deflação “Há uma relação da restrição de oferta, natural nos primeiros meses do ano, e do aumento da demanda provocado pela pandemia de Covid-19, com as pessoas indo mais ao mercado, cozinhando mais em casa”,

Abaixo uma tabela com produtos que subiram ou caíram e a porcentagem de cada um.

Saúde e cuidados pessoais: -0,22% 
Comunicação: -0,20% 
Educação: zero 
Despesas pessoais: -0,14%
Transportes: -2,66%
    Combustível -9,59%
Vestuário: 0,10%
Artigos de residência: -1,37% 
Habitação: -0,10%
Alimentação e bebidas: 1,79% 

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), apresentou variação de -0,23%, é de 0,18% em março para famílias de até 5 salários mínimos. Desde o plano real não tinha índices assim. O PIB( Produto Interno Bruto) terá uma retração entre 3,76% a 5,3% de acordo com órgãos governamentais.