77 milhões de endividados no Brasil: Entenda como se proteger
O cenário financeiro de milhões de brasileiros continua apertado, e os números mais recentes confirmam isso. Em maio de 2025, o país atingiu um novo recorde: 77 milhões de endividados.
Isso representa quase metade da população adulta com o CPF negativado e um aumento de 0,57% em relação ao mês anterior, segundo dados da Serasa.
A inadimplência deixou de ser exceção e virou parte da rotina para muitos brasileiros, especialmente entre os trabalhadores das classes C e D.
Neste post, vamos explicar o que está por trás desses números, por que o consignado tem sido tão procurado e quais cuidados você precisa tomar antes de entrar em mais uma dívida.
77 milhões de endividados: Entenda os números que preocupam
O número de brasileiros com dívidas em atraso continua subindo. Em abril de 2025, 76,6 milhões de pessoas estavam inadimplentes, um crescimento de 1,15% em relação a março, segundo levantamento da Serasa.
Já em maio, esse número chegou a 77 milhões, consolidando um cenário de endividamento em massa no país
A maior parte dessas dívidas está concentrada nas faixas etárias entre 41 e 60 anos (35,1%) e 26 a 40 anos (33,9%), de acordo com dados do Banco Central e da Serasa.
Ou seja, o endividamento afeta principalmente pessoas em idade produtiva, que costumam ter família, filhos e responsabilidades fixas como aluguel, alimentação e contas mensais.
Apesar da alta nos atrasos, muitos brasileiros estão tentando negociar seus débitos. Em maio de 2025, foram feitos cerca de R$ 11,7 bilhões em acordos de dívidas, com um valor médio de R$ 839 por pessoa.
Tudo isso revela um quadro preocupante: quase metade da população adulta brasileira está com o nome sujo.
Em muitos casos, não se trata apenas de uma conta esquecida ou de uma emergência pontual, mas sim de um processo contínuo de endividamento.
O que começa como um pequeno atraso pode se transformar em uma bola de neve, com mais juros, mais dívidas e menos controle financeiro.
Por que o consignado subiu tanto?
Com 77 milhões de endividados no país, muitos de brasileiros estão buscando alternativas para organizar suas finanças ou simplesmente conseguir pagar as contas do mês.
Nesse cenário, o crédito consignado, aquele descontado direto da folha de pagamento, voltou a crescer com força, mesmo estando mais caro.
Em abril de 2025, os juros do consignado para trabalhadores do setor privado atingiram 59,1% ao ano, de acordo com a Agência Brasil.
Esse número representa um salto de mais de 15 pontos percentuais em relação a março, quando a taxa estava em 44% ao ano.
Inclusive, sendo o maior patamar desde 2011, o que acende um alerta importante sobre o custo real desse tipo de empréstimo para o bolso do trabalhador.
Riscos por trás do consignado
Apesar de parecer uma solução rápida, o crédito consignado pode esconder armadilhas financeiras que afetam diretamente o orçamento, especialmente para quem já está no limite.
Um dos principais perigos está nos juros altos, que em 2025 ultrapassam os 3,9% ao mês para trabalhadores do setor privado.
Outro ponto de atenção é o desconto direto no salário. Pela regra, até 35% da renda mensal pode ser comprometida com parcelas do consignado.
Para quem já tem dificuldades para cobrir despesas básicas, esse abatimento fixo pode desequilibrar completamente o orçamento familiar. Ou seja, deixando pouca margem para imprevistos, alimentação ou contas essenciais como luz e aluguel.
Além disso, existe o risco do superendividamento. Muitas pessoas recorrem ao consignado para quitar outras dívidas ou pagar contas básicas do dia a dia, como água ou supermercado.
Isso cria um ciclo vicioso: contrata-se um novo empréstimo para apagar um incêndio momentâneo, mas logo aparece outro problema financeiro, e mais uma dívida.
Entenda como se proteger das dívidas
Diante de tantas dívidas e da facilidade de acesso ao crédito consignado, muita gente acaba contratando empréstimos sem entender todos os detalhes.
Mas existem formas de se proteger, renegociar o que deve e tomar decisões financeiras com mais segurança.
A seguir, veja algumas estratégias simples e eficazes para sair do sufoco sem cair em novas armadilhas.
Eduque-se antes de contratar
Antes de assinar qualquer contrato de empréstimo, é fundamental entender o que você está assumindo.
Não basta olhar apenas o valor da parcela. É preciso calcular quanto será pago no final, incluindo os juros e taxas.
- Simule o valor total da dívida: use sites de bancos ou simuladores online para ver quanto você realmente vai pagar ao longo do tempo.
- Compare o Custo Efetivo Total (CET): esse número mostra todos os encargos envolvidos no empréstimo. Nem sempre a menor parcela significa o crédito mais barato.
- Leia o contrato com calma: verifique prazos, multas e o valor total que sairá do seu bolso.
Com essas atitudes, você evita surpresas e consegue decidir com mais clareza se o consignado realmente vale a pena.
Renegocie com inteligência
Se você já está endividado, a renegociação pode ser um caminho mais barato e menos arriscado do que contratar um novo empréstimo.
- Participe dos mutirões online: o Serasa Limpa Nome e plataformas como o Bora Investir reúnem mais de 40 bancos e instituições financeiras, oferecendo descontos de até 97% em dívidas bancárias.
- Negocie direto com o credor: se preferir, entre em contato com o banco ou empresa e peça condições especiais. Muitas vezes, as empresas preferem receber menos do que não receber nada.
- Evite intermediários suspeitos: negocie por canais oficiais e desconfie de promessas de “nome limpo imediato”.
Essas ações podem reduzir bastante o valor da dívida e evitar a contratação de novos créditos com juros altos.
Priorize dívidas caras
Nem toda dívida é igual. Algumas pesam muito mais no seu bolso por conta dos juros altos.
Por isso, é importante dar prioridade às dívidas mais caras, antes de pensar em novos empréstimos.
- Comece pelo cartão de crédito e cheque especial: esses dois tipos costumam ter as taxas mais altas do mercado, passando de 10% ao mês.
- Evite deixar essas dívidas se acumularem: quanto mais tempo você demora para pagar, maior o valor final.
- Negocie essas dívidas antes de pensar em outras: isso ajuda a equilibrar melhor seu orçamento.
Quitando essas pendências primeiro, você terá mais espaço no seu salário para lidar com outras contas sem precisar recorrer a mais crédito.
Use comparadores e fintechs
Hoje, existem ferramentas que ajudam a encontrar a melhor oferta de crédito sem sair de casa.
Elas comparam várias opções e mostram onde estão os juros mais baixos e as melhores condições para o seu perfil.
- Use aplicativos confiáveis como o Konsi: ele compara diferentes propostas de consignado, facilita a leitura do CET e mostra as melhores alternativas.
- Evite pegar o primeiro empréstimo que aparecer: muitas vezes, há opções melhores que você não viu por falta de pesquisa.
- Atenção com golpes: baixe apps somente de fontes confiáveis e verifique se a empresa é autorizada pelo Banco Central.
Essas ferramentas são gratuitas, práticas e ajudam a tomar decisões mais inteligentes.
O fato de o Brasil ter alcançado a marca de 77 milhões de endividados em maio de 2025 não é apenas um dado, é um sinal de que milhões de famílias estão vivendo no limite.
A boa notícia é que com informação e planejamento, dá para virar o jogo. Antes de contratar qualquer empréstimo, consulte seu CPF gratuitamente no Serasa e simule ofertas.
E se já estiver endividado, vale muito mais a pena renegociar e buscar feirões com descontos do que fazer novas dívidas.
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